quinta-feira, 21 de abril de 2011

Identificar-se.

Muitas pessoas (ta bem, não são tantas pessoas assim), tem me procurado pra dizer que lendo meus posts aqui, têm se visto também.
Que eu sou meio estranha, eu já sabia e aceito numa boa, mas saber que não sou a única dá um alívio, saber que todo mundo sente um pouco dessa necessidade de solidão, que todo mundo às vezes fica de saco cheio até de quem mais ama, saber disso me deu uma sensação de "sou normal".
Fernando está fazendo os sermões de uma semana de oração e hoje fui com ele pra cantar. Enquanto eu ouvia o que ele falava, ficava olhando 'pras' pessoas e vendo como somos indiferentes até com o que nos faz feliz. Lembrei que eu sou assim. Que às vezes não me incomodo com o fato de que 'vira-e-mexe' eu to fazendo sofrer a pessoa que mais me ama nesse universo, Jesus.
E aí lembrei que ele me acorda todas as manhãs, que me livra de assaltos, de pessoas ruins, que não me deixa sem roupa nova pra uma ocasião especial, que escolheu as pessoas certas pra estarem do meu lado, que me fazem realmente feliz, que sabe que eu sou chata, indecisa, birrenta e desatenta, mas mesmo assim cuida de mim como se eu nunca fizesse nada pra machucá-lo.
Mas aí... o tempo passa... eu esqueço que lembrei de tudo isso hj, e amanhã estarei novamente fazendo o que EU quero pra minha vida, o que EU acho que é bom, ou seja, deixando esse amor todo pra trás...
Às vezes penso: o que mesmo eu to fazendo aqui, na igreja? Cantando? Fazendo novos amigos? Sendo popular? Mostrando meu sapato novo?
E aí vejo que to perdendo tempo... nem curto o mundo, nem espero minha salvação, apenas perdendo tempo.
Preciso de IDENTIFICAÇÃO!
Você também precisa.
De onde você é?
O que faz aqui?
Pra onde você quer ir?
Nunca conheci o mundo sabe galera, sou cristã desde criacinha, mas posso dizer claramente hoje, que daqui eu não saio pra lugar nenhum! A vida pode nao estar tão boa assim, mas longe do meu amor maior é muito pior. Sei que nunca vou encontrar alguém que me ame tanto e que não espera nada em troca.
Ele sofreu pra que eu fosse feliz, morreu pra que eu pudesse viver e 'todo o mal que eu fiz não pôde me afastar desse amor', unicamente por causa dele, que não desiste de me fazer feliz pra sempre.
Eu quero esse amor... e vc?
Mostre pra que veio!! Identifique-se!

domingo, 10 de abril de 2011

Eu e meus 40 anos...

Não dá pra ser durona o tempo todo. Ouço muito isso de muitas pessoas.
Tentar estar sempre bem, sempre de bom humor, tentar resolver os problemas de todo mundo, faz com que a gente automaticamente esqueça um pouco de nós.
Eu sou assim... se você me perguntar como estou, estarei sempre bem, independente de estar passando por uma onda gigante de problemas.Tenho lá meus motivos pra ser assim, isso me poupa de muitas perguntas.
Tem algumas poucas coisas que realmente me tiram do sério, como por exemplo, tirarem a paz dos meus pais, machucarem as minhas irmãs... perceberam? Normalmente meus motivos de irritação nunca são por problemas que acontecem realmente comigo.
Por isso o título, 40 anos de idade... sinto uma responsabilidade tão grande sobre mim, de cuidar de todos, de satisfazer a todos, de estar sempre bem pra que eu seja sempre um ponto de apoio.
Gosto de ser assim, mas confesso, às vezes me sufoca.
Sou meio esquisita, mas não dá pra explicar, só sei sentir rs mas que é estranho, é!
E carregar essa responsabilidade me faz ser uma pessoa melhor, tenho certeza... quero ser cada dia mais o que Deus quer de mim, e o que os outros pensam, é apenas o que os outros pensam...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Minhas pequenas...

Sempre tem um dia na semana que bate uma saudade insuportável das minhas sobrinhas, hoje é este dia.
Aí fico lembrando de quando as vi nascer, que dei os primeiros banhos nas duas, do quanto cuidei, do quanto amei e as amo.
E de repente bate o terror: o medo de  que alguma coisa ruim aconteça a elas, acabaram de começar na escola e daí vêm os probleminhas pequenos que me preocupam: coleguinhas batendo, ou colocando apelidos e só de imaginar essas coisas meu coração fica apertadinho...
Na semana passada a Júlia disse: "Tia Kika as coleguinhas vão bater em Julhinha" aiiiiii que meus olhos encheram de lágrimas e a vontade que me deu foi de colocar ela num frasco de vidro pra que ficasse bem guardada!!!
Elas são bem diferentes... Júlia, a primogênita (1 mês de diferença nas idades) é um doce, super carinhosa, dengosa, se apega fácil e sabe como conquistar todo mundo. Quer sempre as coisas do jeitinho dela (afinal, quem não quer heim?), chama a minha mãe de "mainha" e quando quer alguma coisa, ou mesmo colo ela chama de "vovó", não sei quando minha mãe fica mais feliz, por ser chamada de "mainha" ou de "vovó", já o meu pai é vovô ou tointoin, por causa de uma brincadeira que meu pai fazia com ela quando era menorzinha. Eu amo a Júlia demais, como se fosse minha, como se eu tivesse a obrigação de cuidar, de "providenciar" a sua felicidade.
A segunda é a Analú. Gênio forte como o da mãe. Pra conseguir um beijo dela tenho que correr atrás e apertar rsrs mas é a minha fofinha.
Super falante, adoooooora cantar!! E dançar tbm (o pai morre de vergonha rsrs) é uma criança super alegre e que me faz uma falta danada... tem a gargalhada mais gostosa que eu já ouvi na minha vida! É super apegada a minha mãe a quem ela tbm chama carinhosamente de "mainha" ou "vovó". É muuito ciumenta e quer sempre a atenção de todos. Eu amo demais essa pequena tbm.
Sempre choro quando falo delas com tantos detalhes, pois sinto muita saudade, e essa distância machuca, me faz ter medo de não vê-las crescer, começarem a fazer coisas importantes, como contar de 1 à 10, ou algo desse tipo...
Tento compensar essa minha ausência quando estou com elas, com presentes, carinho, toda atenção do mundo.
Oro todos os dias pra que Deus cuide das minhas pequenas.